Zumbido Somatossensorial
O sistema somatossensorial faz parte do sistema sensitivo, e ele percebe e transmite informações como tato, temperatura, dor e propriocepção oriundos do próprio organismo ou dos meio externo. Essas informações, após serem percebidas, levarão a diversos tipos de respostas.
Informações somatossensoriais (como por exemplo a dor) oriundas do pescoço, face e região temporomandibular são transportadas ao cérebro através de fibras neurais que saem dos gânglios da raiz dorsal e dos gânglios trigeminais. Algumas dessas fibras, também se projetam para as vias auditivas, alcançando o núcleo coclear.
Prevalência:
A prevalência do Zumbido Somatossensorial, ainda varia muito na literatura, alguns autores sugerem em torno de 12 a 15% de ocorrência entre todos os indivíduos que sofrem de zumbido, enquanto outros descrevem entre 40 a 80% nesse mesmo grupo.
Diagnóstico:
O paciente que sofre de zumbido somatossensorial deve inicialmente procurar o médico otorrinolaringologista. O médico realizará uma anamnese dirigida, exame físico e excluir outras causas de zumbido solicitando alguns exames complementares.
A presença de alguns sintomas ocorrendo concomitante ao zumbido aumentam a suspeita, entre os sintomas estão queixas de: dor na cervical, dor na região da cabeça e pescoço, presença de pontos de contratura miofascial, contratura da musculatura suboccipital, disfunções temporomandibulares, apertamento dentário e bruxismo.
Se o médico notar presença de modulação do zumbido (aumento, diminuição, modificação do timbre) durante a manipulação de possíveis ponto gatilho de dor ou contratura miofascial, aumenta-se a suspeição do Zumbido Somatossensorial.
Tratamento:
Zumbido Somatossensorial pode ser tratado com fisioterapia (manipulação digital e/ou agulhamento) da cervical e ou orofacial, com bons resultados e prognóstico.
Referências:
Patophysiology, diagnosis and treatment of somatosensory tinnitus a scoping review. Haider et al. 2017
Somatosensory tinnitus: current evidence and future perspectives. Massimo Ralli et al. 2017
Eficácia de desativação dos pontos gatilho miofasciais para o controle do zumbido. Carina Rocha e Tanit Sanchez. 2012